quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Entendendo a Palavra de Deus.


AS DUAS PORTAS.

Jesus recusa-se a entrar na discussão casuística sobre quem se salvará, por considerá-la inútil.
Importante para Ele era empenhar-se, com sinceridade, por viver uma vida agradável a Deus, e assim, ser acolhido por Ele, no final da caminhada terrena.
As palavras do Mestre são uma denúncia contra aqueles que se iludem pensando ter garantido uma vaga no céu, quando, de fato, estão vagando longe da Salvação; e o que falamos aqui é justamente sobre a Salvação.
“Comemos e bebemos na tua presença, e tu ensinaste nas nossas praças” dizem os que se iludem pensando que, no Reino de Deus, tem valor evocar determinadas procedências étnicas, práticas religiosas ou formação cultural como privilégios para se ingressar nele.
É a falsa segurança dos judeus, normalmente, dos fariseus.
Mas pode ser também a falsa segurança da comunidade cristã. Sem a prática da Justiça e do Amor, sem um Amor verdadeiro e entranhado ao semelhante, de nada valerá evocar, diante de Deus, a condição de cristão para se ingressar no Reino.
Se n'Ele existem privilegiados, estes são os pobres, os marginalizados, os oprimidos, os pecadores que concretamente se convertem.
Ou seja, os que estão reduzidos a uma condição tão deplorável, a ponto de não conseguirem voltar-se para Deus, a fim de exigir dele a Salvação. Talvez, no seu entender, a Salvação esteja fora de seus horizontes.
Para que preocupar-se com ela?
Quem se considera privilegiado, não procurando vivenciar o verdadeiro Amor, não participará do Reino dos Céus; ao passo que os últimos serão acolhidos pelo Senhor.


Pe. Helder Tadeu
SCIO CUI CREDIDI - Sei em quem Acreditei.

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