sábado, 2 de outubro de 2010

Um pouco mais sobre a festa dos SANTOS ANJOS DA GUARDA.


SANTOS ANJOS DA GUARDA.

A liturgia, hoje, comemora a festa dos Santos Anjos da Guarda ou Custódios. A Igreja, em sua piedade, sempre acreditou na existência não só de anjos em geral, dos quais nos falam repetidamente as páginas da Sagrada Escritura, mas também de anjos destinados a guardar e proteger os homens na caminhada terrena.
A palavra anjo significa "enviado", mensageiro, divino. Às vezes são chamados na Bíblia filhos de Deus porque formam a corte celeste.
Já no Antigo Testamento os anjos aparecem, repetidas vezes, como manifestações ou intervenções de Deus na história do povo eleito. Eles são os portadores de mensagens divinas, e participam de perto na história do povo de Israel, a fim de que seja fiel à missão que Deus lhe confia.
No Novo Testamento o papel dos anjos é mais claro. Os anjos anunciam o nascimento de Cristo e acompanham a vida toda do Divino Mestre. Aparecem por ocasião de sua paixão e morte e são testemunhas de sua Ressurreição. Igualmente nos Atos dos Apóstolos é bem evidente a intervenção dos anjos que vai marcando os primeiros passos da Igreja. Eles tomam parte ativa nos progressos do Evangelho, manifestando assim que a comunidade eclesial se liga intimamente ao ministério de Cristo.
O apóstolo São Paulo dá testemunho disso quando escreve: "Não são todos os anjos espíritos a serviço de Deus, que lhes confia missões para o bem daqueles que devem herdar a salvação?" (Hb 1,14).
Afinal, a Bíblia está repleta de notícias sobre os anjos. Mas quais as principais referências relativas ac anjo da guarda? Tem fundamento a crença da Igreja que cada homem tem um anjo protetor?
O Salmo 90, que se refere ao futuro Messias, fala explicitamente que Deus mandou seus anjos guardar o Messias: "Em todos os seus passos, eles o sustentarão em suas mãos para que não tropece em alguma pedra".
Ora, Cristo é o primogênito de todas as criaturas, nosso irmão e modelo; se, portanto, sua humanidade, apesar de unida com a Divindade, era continuamente protegida por anjos, muito mais devemos ser nós, seus membros, tão frágeis.
Jesus, certa vez, falando das crianças que propunha como modelos de inocência, de simplicidade e docilidade, teve palavras fortes contra os possíveis escandalizadores das crianças e acrescentou: "Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos! Porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está no céu" (Mt 18,10).
Temos outro detalhe importante nos Atos dos Apóstolos: quando São Pedro, libertado da cadeia, por intervenção de um anjo, se dirigia à noite à casa do amigo Marcos, bateu à porta, mas de dentro não se atreviam a abrir, embora reconhecendo que fosse sua voz, pois diziam: "E seu anjo". Esta frase traduz uma convicção dos primeiros cristãos relativa à existência de um anjo que acompanha cada um de nós. Esta, de fato, é a crença universal e pacífica da Igreja em todos os tempos.


Pe. Helder Tadeu
SCIO CUI CREDIDI - Sei em quem Acreditei.

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