Caríssimos Irmãos e Irmãs,
Grandes momentos de reflexão e de revitalização de nossa fé nos propõe a Igreja neste mês de outubro: mês das missões, mês mariano do Rosário, mês da juventude, na celebração dos 25 anos do Dia Nacional da Juventude – DNJ.
Como discípulos missionários, olhando os horizontes do amanhã, sentimos a necessidade de repetir a pergunta de Tomé: “Como vamos saber o caminho?” (Jo 14, 5). E uma vez mais, como nos encoraja o Documento de Aparecida (n° 101), precisamos abrir nosso coração, nossa mente, para escutarmos a resposta provocadora de Jesus: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!” (Jo 14, 6). A experiência transformadora destas palavras do Senhor deve sempre mais arrancar de nossos lábios a mesma profissão de fé de Pedro: “Tuas palavras dão Vida eterna” (Jo 6, 68), “Tu és o Messias, o Filho do Deus Vivo!” (Mt 16, 16).
Aí está a força do trabalho missionário que nos incumbe realizar por determinação do próprio Senhor: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi!” (Mt 28, 20).
Em Cristo Jesus somos chamados e constituídos missionários, evangelizadores, a partir da tomada de consciência de que Ele nos convida a um encontro profundo com Ele, nos escolhe para nos vincularmos intimamente à pessoa d’Ele, sendo por Ele enviados a pregar seu amor, sua verdade, sua salvação, sua esperança, como sua Igreja, fiel e ardorosa na irradiação da santidade de vida.
Sem sombra de dúvida um caminho fecundo espiritualmente, para este encontro, esta escuta e este assumir o envio, nós o aprendemos na escola de Maria Santíssima. Com ela e por ela somos iniciados nesta experiência marcante da pessoa de Jesus, através da meditação contemplativa de seus mistérios: o Santíssimo Rosário. Na meditação humilde, simples, com o coração dos pequenos, dos mistérios gozosos, dolorosos, gloriosos e da vida pública do Senhor, a Santa Mãe de Deus nos leva à descoberta de uma poderosa fonte de fé, de esperança e de ardor missionário, que não nos permite sucumbir às fadigas e temores da vida moderna diante da missão de testemunhar o Senhor Jesus.
Creio que devemos corajosamente propor à nossa juventude, sedenta de Deus, as alegrias deste caminho evangélico que redimensiona os valores da dignidade humana e lhes permite experimentar a jubilosa libertação dos caminhos empobrecidos, materialistas, escravizadores do mundo das drogas, da sexualidade desregrada, do vazio e do sem sentido para viver. No Evangelho de Jesus Cristo nossos jovens descobrirão a força e a santa ousadia de saírem a campo, com a Luz da Verdade, para o confronto com a moderna cultura, arrogante na sua pretensão de não precisar mais de Deus porque sua ciência tudo resolve e tudo explica. Aí está uma empolgante conquista capaz de fascinar nossa juventude, assim como o encontro com Jesus, na fé, levantou massas de batizados no confronto com o mundo pagão e seus ídolos, no início do cristianismo.
Que a intercessão da Santíssima Virgem Maria nos ajude, como Igreja de Cristo, a proclamar com ousadia que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai!
+Dom Fr. Alano Maria Pena, OPArcebispo Metropolitano de Niterói
No último dia 07 de outubro, D. Alano Maria Pena completou 75 anos de idade. Conforme o Direito Canônico, D. Alano encaminhou sua carta de renúncia da Arquidiocese de Niterói ao Santo Padre.
Momento de alegria e de tristeza para a Arquidiocese de Niterói.
Alegria, pois uma das pessoas mais significativas da Igreja do Brasil, um Pastor que ama o Cristo, sua missão, seu clero e suas ovelhas, com a Graça e o Amor de Deus, completa mais um ano de idade.
Tristeza, pois se aproxima o dia em que D. Alano passará o governo da Arquidiocese de Niterói para o seu sucessor.
Fica em nosso coração a certeza de que os fiéis das Igrejas particulares de Marabá, Itapeva(SP), Nova Friburgo e Niterói puderam viver o Cristo Eucarístico em todas as suas dimensões na pessoa de seu Pastor, o frei dominicano Dom Alano Maria Pena.
Pe. Helder Tadeu - Sacerdote secular incardinado na Arquidiocese de Niterói.
SCIO CUI CREDIDI - Sei em quem Acreditei.
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