sábado, 20 de novembro de 2010

ÚLTIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM - SOLENIDADE DE CRISTO REI - Entendendo a Palavra de Deus.

JESUS É O REI UNGIDO POR DEUS!

A atribuição do título de "Rei" a Jesus tem origem na história imperial davídica(relacionada ao Rei David); (primeira leitura deste Domingo; cf. 2Sm 7).
Este título equivale ao título de Messias ("Messias", do hebraico, ou "Cristo", do grego - significando: ungido) devido ao rito da unção dos reis em Israel.
Os discípulos diante das palavras e da prática de Jesus, as quais o distanciavam do tipo de Messias poderoso e triunfante que era esperado por eles.
Apesar da simplicidade de vida de Jesus, seus discípulos, formados sob a ideologia do Judaísmo, se inclinavam a ver em Jesus este tipo de Messias.
Por esta razão, particularmente no Evangelho de São Marcos, são frequentes as repreensões de Jesus a esta visão equivocada, de que Ele deveria ser um rei poderoso como os reis da terra. Jesus é o Rei ungido por Deus.
Não se tendo realizado o sonho messiânico aqui na terra, os discípulos marcados pela cultura e tradição do Judaísmo projetaram Jesus no céu como, finalmente, o Messias triunfante.
Jesus Cristo é o Rei Celestial.
Tal título foi bem acolhido a partir do momento em que os imperadores se tornaram aliados da Igreja, protegendo-a, favorecendo-a e recebendo suas bênçãos.
Tendo no céu um Rei, seus representantes na terra também se revestem de autoridade, pompa e poder.
A atribuição do título de "Rei" a Jesus, como sendo rei igual aos reis da terra, fere sua natureza e sua índole, bem como rompe com o propósito da encarnação, que é assumir a condição humana em sua simplicidade, humildade e fragilidade. Jesus, "manso e humilde de coração", é aquele que peregrina convivendo com as multidões de pobres, excluídos e sofredores, e "não tem onde repousar a cabeça". Pilatos resolveu ironizar os judeus afixando à cruz de Jesus a placa com os dizeres:
"Este é o rei dos judeus"; na verdade, partindo do grego, "Jesus Nazareno, Rei dos Judeus".
Jesus, na sua fragilidade e na sua mansidão, em nada condizia com a condição de um Rei, o que suscitou a ironia de Pilatos, bem como a zombaria dos soldados.
A um dos crucificados que lhe pede que se lembre dele em seu "Reino", Jesus responde mencionando o "Paraíso", no qual o crucificado será recebido "hoje", sem
delongas ou mais demoras, afinal, para Deus, "um dia é igual a mil anos e mil anos, igual a um dia".
O Deus de Jesus não é um deus de poder que destrói os inimigos em sua ira, mas o Deus de Amor, Pai e Mãe, que comunica a todos sua vida divina, em Jesus (segunda leitura deste Domingo).

Com esta solenidade de Cristo Rei, encerramos o Tempo Comum e o ano litúrgico "C", de São Lucas, referente ao ano de 2010.
A partir de Domingo que vem, entramos no Tempo do Advento, iniciando o ano litúrgico "A", já referente ao ano de 2011.
Feliz Ano Novo Litúrgico!
Que Deus nos conceda sempre a benção de estarmos juntos em mais esta caminhada que a Igreja inicia.
Não se esqueça de preparar e começar sua Novena de Natal. O menino Jesus espera de nós mais este testemunho de evangelização.
Minha benção sacerdotal a todos.


Pe. Helder Tadeu
SCIO CUI CREDIDI - Sei em quem Acreditei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário