segunda-feira, 14 de março de 2011

Entendendo a Palavra de Deus.

AS OBRAS DE MISERICÓRDIA REALIZADAS POR AMOR PARECEM LIBERTADAS DE QUALQUER ESPÉCIE DE LIMITAÇÃO QUE CONDICIONE SEU VALOR.

A intenção deste discurso não é descrever os acontecimentos finais, mas inculcar a preparação necessária para superar com êxito a prova final.
E também pretende colocar em realce o significado central da figura de Jesus, o Filho do Homem.
Os que são recebidos no reino são os que tiveram amor misericordioso com o próximo.
As seis maneiras de manifestar o amor ao próximo encontram-se no Antigo Testamento (Is 58,7; Jó 22,6-7), mas aqui são manifestação do preceito fundamental do amor.
A doutrina de Jesus exclui o espírito financeiro, que consiste em fazer algo para conseguir uma recompensa de Deus: se assim fosse, Deus não teria outra opção senão premiar o fiel.
Poder-se-ia agir então, não por Deus e sim contra ele, para prender-lhe as mãos e obrigá-lo a retribuir a seus devotos.
Uma contradição da verdadeira religião.
A sentença definitiva se apoia, pois, nos motivos do serviço caritativo ao próximo necessitado.
As obras de misericórdia realizadas por amor parecem libertadas de qualquer espécie de limitação que condicione seu valor.
Jesus se dirige a todos indistintamente, demonstrando assim que também fora do âmbito visível de seus discípulos, de sua Igreja, pode acontecer o reino.
A Igreja não se identifica com o reino, é sim sua humilde servidora.
O Reino acontece também para além de suas fronteiras visíveis; é o que se chamou de “cristianismo anônimo”.
A cena nos faz compreender que muitos, sem conhecer a pessoa de Jesus, se ajustam aos valores do reino na entrega e no amor ao próximo, e isso decide seu destino.
O juiz universal está “de maneira incógnita” em todos os pobres da terra, oculto em todos os semblantes dolorosos, mas essa presença oculta se tornará manifesta no momento final.


Pe. Helder Tadeu
SCIO CUI CREDIDI - Sei em quem Acreditei.

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