sábado, 30 de abril de 2011

2º DOMINGO NA OITAVA DA PÁSCOA - DOMINGO DA MISERICÓRDIA - Entendendo a Palavra de Deus.

O RESSUSCITADO LIBERTA A COMUNIDADE DO MEDO E LHES TRAZ A ALEGRIA.

São João inicia esta narrativa de aparição do ressuscitado tomando a mesma fonte da narrativa do Evangelho de São Lucas: Jesus aparece entre os discípulos reunidos, anuncia-lhes a paz e mostra-lhes as chagas.
Em João os discípulos estão com as portas trancadas com medo dos judeus.
Este detalhe exprime a situação dos Onze, excluída pelos judeus, os quais, inclusive, denunciavam os cristãos aos romanos.
Porém o Ressuscitado liberta a comunidade do medo e lhes traz a alegria.
No Evangelho de São João, Jesus mostra as chagas das mãos e a do lado.
É a confirmação de sua identificação com Jesus de Nazaré que foi crucificado.
Agora, conforme anunciara nos discursos de despedida, Jesus comunica aos discípulos a Paz e o Espírito, com seu sopro amoroso sobre eles.
No Evangelho de São Lucas há apenas a comunicação da Paz, pois o dom do Espírito, como línguas de fogo sobre cada um, é transferido para o episódio de Pentecostes, no seu Livro do Atos dos Apóstolos.
Os discípulos são enviados em missão, com o conforto do Espírito.
Suas comunidades são responsáveis pela prática da misericórdia no acolhimento dos pecadores convidados à conversão.
São Tomé, ausente por ocasião da aparição de Jesus, ao reencontrar os demais discípulos poderia ter acreditado no testemunho deles, afirmando sua fé sem ver o ressuscitado.
Mas não foi assim.
Tomé quer ver e tocar.
Oito dias depois, Jesus volta ao meio deles, agora com a presença de Tomé.
Vendo e ouvindo Jesus, sem tocá-lo, Tomé faz sua confissão de fé.
Tomé, ao vacilar entre o ver e o crer, motivou o pronunciamento de Jesus sobre a bem-aventurança dos que crêem sem ver o ressuscitado.
As narrativas de aparições do ressuscitado são um fator de convencimento da continuidade de Jesus em vida.
Porém para crer na presença de Jesus entre nós não são necessárias aparições.
Somos chamados à bem-aventurança dos que crêem sem verem (segunda leitura deste domingo).
É a fé das primeiras comunidades que viviam a partilha no amor (primeira leitura deste domingo).
A fé em Jesus de Nazaré, ressuscitado, que continua vivo entre nós, leva a reconhecer a presença de Jesus nos sinais do amor que se manifesta nas diversas comunidades, nas diversas culturas hoje.
Assumir esta fé nos move à solidariedade global pela paz e pela vida, superando o Império da fome, da guerra, e da morte.


Pe. Helder Tadeu
SCIO CUI CREDIDI - Sei em quem Acreditei.

Um comentário:

  1. Bom Trabalho! continue sempre com coragem a trabalhar na Vinha do Senhor!

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