sábado, 16 de julho de 2011

17 de julho - 16º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Entendendo a Palavra de Deus.

NAS PARÁBOLAS, REVELA-SE O REINO DE DEUS, REALMENTE PRESENTE NO MUNDO, NA SUA DIMENSÃO DE HUMILDADE E SIMPLICIDADE.

O Evangelista São Mateus, conforme o estilo catequético de seu evangelho, reúne no capítulo 13 uma coletânea com sete parábolas.
No trecho de hoje, temos três delas, sendo a parábola do trigo e do joio explicada no estilo de uma alegoria.
A parábola do joio e do trigo destaca que a missão não está em apenas combater o inimigo, mas em cultivar os valores do Reino.
De qualquer modo, o Evangelista não quer remover, assim, a idéia do "inimigo", muito presente no Antigo Testamento, de modo particular nos Salmos.
As parábolas do grão de mostarda e do fermento fortalecem os discípulos na esperança.
As duas são elaboradas a partir de imagens do ambiente familiar: um homem em seu campo e uma mulher em sua casa preparando o pão.
Na primeira parábola são relativizadas as esperanças messiânicas (espero do Messias) de Israel como poderoso dominador das nações, tomando-se como referência o pequeno grão de mostarda plantado por um camponês.
Na segunda, com a mulher que coloca o discreto fermento na massa de farinha, levedando-a, temos o fermento do amor, que se diferencia do fermento da hipocrisia dos fariseus, sobre o qual Jesus adverte seus discípulos (Mt 12,1).
Em ambas, revela-se o Reino de Deus, realmente presente no mundo, na sua dimensão de humildade e simplicidade.
Não como afirmação de poder, mas pela transformação dos corações e das relações pessoais, no amor e na justiça, fundamentos da nova sociedade possível.
A explicação alegórica da parábola do trigo e do joio é própria de São Mateus. Com freqüência São Mateus recorre à expressão apocalíptica do juízo final como forma de pressão para que a comunidade desperte para a obediência à palavra de Jesus.
Aqui é o tema da colheita final, quando o joio será queimado, bem como os que praticam o mal, jogados na fornalha de fogo, onde haverá choro e ranger de dentes. Esta expressão, cruel, é característica de São Mateus que a repete por seis vezes no seu Evangelho.
Acolhendo a todos com a clemência de Deus (primeira leitura deste Domingo) abrem-se as portas da verdadeira esperança e comunica-se a vida e o amor, sem discriminações. Deixando-se conduzir pelo Espírito, o projeto de Deus se realizará no mundo.


Pe. Helder Tadeu
SCIO CUI CREDIDI - Sei em quem Acreditei.

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