sábado, 10 de setembro de 2011

Domingo, 11 de setembro - 24º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Entendendo a Palavra de Deus.

O PERDÃO É UM DOM, UMA GRAÇA QUE PROCEDE DO AMOR E DA MISERICÓRDIA DE DEUS.

Hoje, no Evangelho, Pedro consulta Jesus sobre um tema muito concreto que continua guardando no coração de muitas pessoas: pergunta pelo limite do perdão. A resposta é que esse limite não existe: «Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes» (Mt 18,22).
Para explicar esta realidade, Jesus utiliza uma parábola. A pergunta do rei centra o tema da parábola:
«Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?» (Mt 18,33).
O perdão é um dom, uma graça que procede do amor e da misericórdia de Deus. Para Jesus, o perdão não tem limites, sempre e quando o arrependimento seja sincero e veraz.
Mas exige abrir o coração à conversão, quer dizer, obrar com os outros segundo os critérios de Deus.
O pecado grave afasta-nos de Deus (cf. Catecismo da Igreja Católica n. 1470). O veiculo ordinário para receber o perdão desse pecado grave da parte de Deus é o sacramento da penitência, e o ato do penitente que o coroa é a sua satisfação.
As obras próprias que manifestam essa satisfação são o signo do compromisso pessoal —que o cristão assumiu perante Deus— de começar uma existência nova, reparando, na medida do possível, os danos causados ao próximo.
Não pode haver perdão do pecado sem algum tipo de satisfação, cujo fim é:
1. Evitar deslizar-se a outros pecados mais graves;
2. Recusar o pecado (pois as penas satisfatórias são como o feno e tornam o penitente mais cauto e vigilante);
3. Tirar com os atos virtuosos os maus hábitos contraídos pelo mau viver;
4. Assemelhar-nos a Cristo.
Como explicou S. Tomás de Aquino, o homem é devedor perante Deus, tanto pelos benefícios recebidos, como pelos pecados cometidos. Pelos primeiros deve tributar-lhe adoração e ação de graças; e pelo segundo, satisfação. O homem da parábola não esteve disposto a realizar o segundo, pelo que se tornou incapaz de receber o perdão.


Pe. Helder Tadeu
SCIO CUI CREDIDI - Sei em quem Acreditei.

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