quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Um pouquinho mais sobre: A FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ.

FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ.

Os orientais celebram hoje a Cruz com uma solenidade comparável à da Páscoa. O imperador Constantino havia mandado construir em Jerusalém uma basílica no Gólgota e outra no Sepulcro do Cristo Ressuscitado.
A dedicação dessas basílicas se realizou a 13 de setembro de 335. No dia seguinte se lembrava ao povo o significado profundo das duas igrejas, mostrando o que restava do lenho da Cruz do Salvador.
Deste uso teve origem a celebração do dia 14 de setembro, que encontramos também em Roma pelo século VII.
Nesse aniversário se acrescentou mais tarde a lembrança da vitória de Heráclio sobre os persas (630), dos quais o imperador arrebatou as relíquias da Cruz, que foram solenemente levadas a Jerusalém.
Desde então, a Igreja celebra nesse dia o triunfo da Cruz, que é instrumento e sinal da nossa salvação.
O uso litúrgico, que requer a Cruz próxima do altar quando se celebra a missa, representa uma evocação da figura bíblica da serpente de bronze que Moisés elevou no deserto; olhando-as os hebreus mordidos pelas serpentes, eram curados.
Em sua narrativa da Paixão, devia João ter presente o simbolismo profundo deste grande "tipo": "Contemplarão Aquele que traspassaram" (Zc 12,10; Jo 19,37).
O símbolo da cruz sacralizou, por séculos, todos os cantos da terra e todas as manifestações sociais e privadas; vivia-se em outro contexto histórico.
Hoje corre o risco de ser varrido ou, pior, instrumentalizado por uma moda de consumo.
Seria conveniente que este símbolo nos fizesse voltar aos verdadeiros "crucifixos" de sempre: os pobres, os doentes, os idosos, os explorados, as crianças excepcionais, etc.
São esses os mais dignos de ser colocados ao "vivo" em nossas missas.
A salvação só virá a nós, filhos do "bem-estar", através deles, para os quais é sempre válida a palavra do evangelho: "Tive fome... tive sede..." (Mt 25).


Pe. Helder Tadeu
SCIO CUI CREDIDI - Sei em quem Acreditei.

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