terça-feira, 2 de novembro de 2010

DIA DE FINADOS - Entendendo a Palavra de Deus.


DIA DE FINADOS.

A comemoração dos fiéis falecidos,a 2 de novembro, teve origem no mosteiro beneditino de Cluny. O papa Bento XV, no tempo da primeira guerra mundial, concedeu a todos os sacerdotes a faculdade de celebrar "três missas" neste dia.
"Nos ritos fúnebres para seus filhos, celebra a Igreja com fé o Mistério pascal, na firme esperança de que os que se tornaram, pelo batismo, membros de Cristo morto e ressuscitado, passem com ele através da morte à vida. É necessário, porém, que sua alma seja purificada, antes de ser recebida no céu com os santos e os eleitos, enquanto o corpo espera a bem-aventurada esperança da vinda de Cristo e a ressurreição dos mortos".
Em nossa vida nunca temos o suficiente; vivemos voltados para um contínuo "amanhã", do qual esperamos sempre “mais": mais amor, mais felicidade, mais bem-estar. Vivemos impelidos pela esperança. Mas no fundo dessa nossa dinâmica de vida e esperança se oculta, sempre à espreita, o pensamento da morte; um pensamento ao qual não nos habituamos e que quereríamos expulsar. No entanto, a morte é a companheira de toda nossa existência; despedidas e doenças, dores e desilusões são dela sinais a nos advertir.



A MORTE, UM MISTÉRIO.(?)


A morte permanece para o homem um mistério profundo.
Mistério cercado de respeito também pelos que não creem. Ser cristão muda alguma coisa no modo de considerar e enfrentar a morte?
Qual a atitude do cristão diante da pergunta sobre o sentido último da existência humana, que a morte nos põe continuamente?
A resposta se encontra na profundeza da nossa fé. Para o cristão, a morte não é o resultado de uma luta trágica que se deva afrontar com frieza e cinismo.
A morte do cristão segue as pegadas da morte de Cristo: um cálice amargo, porque fruto do pecado, a beber até o fim, porque é a vontade do Pai, que nos espera de braços abertos do outro lado do limiar; morte que é uma vitória com aparência de derrota; morte que é essencialmente não-morte: vida, glória, ressurreição.
Como se dará tudo isso precisamente não podemos saber; não cabe ao homem medir a imensidade do dom e das promessas de Deus.
A despedida dos fiéis é acompanhada da celebração eucarística, memória da morte de Jesus na cruz e penhor da sua ressurreição. O prefácio tem um tom de humana suavidade e divina certeza:
"Nele refulge para nós a esperança da feliz ressurreição.
E aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Ó Pai, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada, e desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível".

MISSAL ROMANO.




FACE A FACE COM OS CRISTO.


A morte do cristão não é um momento no fim do seu caminho terreno, um ponto isolado do resto da vida. A vida terrena é preparação para a do céu, nela estamos como criancinhas no seio materno: nossa vida na terra é um período de formação, de luta, de primeiras opções.
Ao morrer, o homem se encontrará diante de tudo o que constituiu o objeto das suas aspirações mais profundas: encontrar-se-á diante de Cristo e será a opção definitiva, construída por todas as opções parciais desta terra.
Cristo espera eternamente com os braços abertos; o homem que optou contra Cristo, será queimado eternamente por aquele mesmo amor que repeliu. O homem que se decide por Cristo encontrará no mesmo amor a plena e infinita alegria.


Pe. Helder Tadeu
SCIO CUI CREDIDI - Sei em quem Acreditei.

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